sexta-feira, 23 de maio de 2008

Sayonara

Já há meses terminei Sayonara, Gangsters, do Genichiro Takahashi. Fiquei meio elétrica quando li. Comprei o livro por acaso, acho que pelo "sayonara", por ser a palavra japonesa para despedida - e eu ando mesmo em um longo período de adeus. O livro é tudo: belo, poético, intrigante, esquisito, viajante, febril. As expressões e referências dele são saudade para mim.
"Dói dói e tenho medo medo medo".
Tenho medo. Mas, estranhamente, tenho paz nesta minha prisão de pavor. Uma tranqüilidade inquieta, é verdade. Não me jogo, por isso não caio, e assim flano paralisada na linearidade de uma vida que desconhece a espera em seu mais amplo sentido. Não é o que eu sou, mas no que me transformei temporariamente sem minhas emoções de casa dos espelhos. Conformada, sigo, só em uma direção: a do tempo. Em uma direção, só, conformada, sigo. Vou rápido para me iludir com os movimentos de fora acenando para minhas sensações congeladas. Sayonara.

4 comentários:

Anônimo disse...

...hoje, de manhã, entrei em uma dessas lojas de 1,99, na entrada, havia uma lata com bolinhas de gude (bilocas), peguei algumas e senti, por um momento, uma vontade imensa de jogar "casinha". Tenho uma filha de 12 anos,... hoje não deu, mas amanhã vou com ela chupar picolé sentado no meio-fio.

Anônimo disse...

Picolé de groselha!

Heduardo Kiesse disse...

VOLTAREI amiga gostei do espaço, agradável e simpatico.
bjo

paradoxos

Ana Silvia Mineiro disse...

Anônimo, picolé de groselha me parece meio artesanal, não? Lembro-me do gosto do refresco de groselha. Uma delícia açucarada antiga. Meu pai duvidava que houvesse groselha naquele líquido grená forte, dizia que era tudo "química". Foram-se o vermelho da groselha e o doce da vida.
Volte, Eduardo. Gosto de pessoas comigo.
Um beijo