quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O tesão, segundo Alexandre Borges

"A energia sexual, o tesão, é tudo consequência de um carinho, de um amor, de uma cumplicidade e de uma vontade de querer estar sempre junto. Acho que tem a coisa do cheiro, da pele, da forma como um casal se beija, se pega, como seduz, como leva para o quarto, como deita da cama... O sexo é um complemento, uma ação que traduz todo amor que você sente pela pessoa. O fato de o sexo ser bom é um ótimo termômetro de que a relação vai bem, assim como o quanto você se sente seduzido pela pessoa."

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Sob os olhos de Darcy Ribeiro

A leitura da coluna do Zuenir Ventura hoje no Globo me trouxe lembranças engraçadas. Poderia até dizer lisonjeiras. Tinha 16, 17 anos, cursava o terceiro ano do antigo científico, quando fui convidado por um amigo de faculdade do meu irmão para encontro em apartamento na Avenida Atlântica com Leonel Brizola, que preparava sua candidatura para concorrer ao governo do estado, em 1982. Até que eu era uma morena inteligente e interessante, e tornei-me de imediato alvo da cobiça desse amigo do meu irmão, que anos depois se elegeu vereador. Bom, voltando ao encontro, cheguei lá e fui apresentada ao Darcy Ribeiro. Ao me ver, ele partiu para cima. Rodeou, questionou, sentou ao meu lado. O assédio ficou tão evidente, que incomou o Brizola. "Ô Darcy, deixa a menina, deixa. Não vê quue ela ainda não foi desmamada", ralhou o caudilho. Consternado, Darcy afastou o corpo, mas os olhnhos astutos e sedutores não me desgrudaram a noite toda. Sei que ele não podia ver um rabo de saia, mas que até hoje isso me dá uma pontinha e orgulho, ah isso dá.

domingo, 20 de setembro de 2009

ONISCIÊNCIA

Começas a criar asas e me deixar. Deixo-te me deixar. Não me esforço mais para prender tuas palavras comigo. Sim, isso é amor. Deves voar. Talvez nem te lembres mais de mim, a não ser das palavras indignadas, quando deverias salvar-me, como tantas vezes corri para salvar-te. Não cobro, apenas idealizo. Como idealizei mãos nossas se entrelaçando. Não eram as minhas, mas outras tocando teu corpo. Soube. Sempre sei. Chorei. Não digo que passou, mas meus beijos já foram de outro sem culpa. Nem foi tão difícil assim como eu supunha, já que tu respiras em outro pescoço poemas enamorados de Drummond em um livreco chinfrim ao lado da cama.Desperdício. Ela não conhece Louise Bogan, certamente. Ela não falará a ti de fé, não terá atitudes de Maggie Estep. Mas tu terás a paz que querias, a ausência de questionamentos. Sinto-me feliz por ti, mas confesso que não te desejo feliz por ora. Não sou hipócrita. Talvez em outro dia. Em outro amanhã. Não guardes raiva. Somos humanos, pois não? Jesus maldisse os vendilhões, secou a figueira sem razão. Também eu tenho ira. Também tu falas o que não deves. Magoas como eu magoo. Mas temos a tendência de olharmos apenas para as nossas feridas.
Use tuas asas da meditação agora.
Distancia-te do mundo e de ti.
Sinta todas as tristezas enlouquecedoras.
E tenha piedade de todos nós.
"És agora apenas uma fotografia ao lado da minha insónia. Uma memória que me fala sobretudo, como todas as memórias, daquilo que nunca existiu. Nesta fotografia te esqueço. Meticulosamente, de cada vez que me esforço para reter-te e começo a inventar-te. Tudo em ti tem asas, agora - o teu riso, os teus passos. Até nas poucas frases que de ti recordo há um restolhar de penas. E deslizo para esta solidão demasiado humana de não poder voltar a ser sozinho, como era quando tu existias, nesta mesma cidade, e eu já nem sequer pensava em ti."
Fazes-Me Falta

suspiros



Well I'll be damned
Here comes your ghost again
But that's not unusual
It's just that the moon is full
And you happened to call
And here I sit
Hand on the telephone
Hearing a voice I'd known
A couple of light years ago
Heading straight for a fall

As I remember your eyes
Were bluer than robin's eggs
My poetry was lousy you said
Where are you calling from?
A booth in the midwest
Ten years ago
I bought you some cufflinks
You brought me something
We both know what memories can bring
They bring diamonds and rust

Well you burst on the scene
Already a legend
The unwashed phenomenon
The original vagabond
You strayed into my arms
And there you stayed
Temporarily lost at sea
The Madonna was yours for free
Yes the girl on the half-shell
Would keep you unharmed

Now I see you standing
With brown leaves falling around
And snow in your hair
Now you're smiling out the window
Of that crummy hotel
Over Washington Square
Our breath comes out white clouds
Mingles and hangs in the air
Speaking strictly for me
We both could have died then and there

Now you're telling me
You're not nostalgic
Then give me another word for it
You who are so good with words
And at keeping things vague
Because I need some of that vagueness now
It's all come back too clearly
Yes I loved you dearly
And if you're offering me diamonds and rust
I've already paid

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Pequeno alívio. Com moderação.

Hoje foi dia de pensar com carinho em você, não ontem, assim como não será amanhã. Guardei esta quinta-feira para a alegre saudade. Aquela dos presentes inusitados que só podiam sair da sua caraminholice, como uma bolsa cheia de lingeries estranhas que nunca mais usei. A da minha chegada ao Galeão com você à espera tendo nas mãos um papel com tremidas letras cor-de-rosa formando a palavra VACA. A de você fingindo ser minha filha em trocas de torpedos no hospital, onde ela, totalmente combalida, preferiu ficar dentro da emergência com você, enquanto eu aguardava os dois do lado de fora. A dos cem reais gastos em uma orgia de doces - gula que nos valeu pesos extras na consciência e no corpo. A das impressionantemente pacíficas noites no vale, você traduzindo e eu no meu quarto de vídeo - estarei lá sempre, dê uma olhada. A da foto no prato do Pão de Açúcar. A do motorista de táxi o confundindo com Wanderley Cardoso. A dos seus escritos encalacrados e divertidos no total sem-sentido deles - este é você! A das missas do frei Clemente às terças-feiras no convento de Santo Antônio, você enxugando minhas lágrimas emocionadas. A do café no Starbuck's. A da nossa compulsão de compras nos passeios em São Paulo. A das caminhadas com direito a muita cosquinha pelo Aterro... Pacotes de felicidades entremeados com... deixa pra lá, me esqueci.
Reservo este prazer só para hoje. E me alegro um pouco. Mais do que isso costuma fazer mal, adverte o Ministério da Saúde.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

De manha, à tarde e à noite, ardo



Eu tenho febre, eu sei
É um fogo leve que eu peguei
Do mar, ou de amar, não sei
Mas deve ser da idade...


quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Retiros Espirituais - Gil

Nos meus retiros espirituais,descubro certas coisas tão normais
Como estar defronte de uma coisa e ficar
Horas a fio com ela, bárbara, bela, tela de TV
Você há de achar gozado Barbarela dita assim dessa maneira
Brincadeira sem nexo que gente maluca gosta de fazer
Eu diria mais tudo não passa dos espirituais sinais iniciais desta canção
Retirar tudo o que eu disse, reticenciar que eu juro
Censurar ninguém se atreve
É tão bom sonhar contigo, oh, luar tão cândido
Nos meus retiros espirituais descubro certas coisas anormais
Como alguns instantes vacilantes e só
Só com você e comigo, pouco faltando, devendo chegar
Um momento novo, vento devastando como um sonho
Sobre a destruição de tudo, que gente maluca gosta de sonhar
Eu diria sonhar com você jaz nos espirituais sinais iniciais desta canção
Retirar tudo o que eu disse, reticenciar que eu juro
Censurar ninguém se atreve
É tão bom sonhar contigo, oh, luar tão cândido
Nos meus retiros espirituais, descubro certas coisas tão banais
Como ter problemas, ser o mesmo que não
Resolver tê-los é ter, resolver ignorá-los é ter
Você há de achar gozado ter que resolver de ambos os lados
De minha equação, que gente maluca tem que resolver
Eu diria o problema se reduz aos espirituais sinais iniciais desta canção
Retirar tudo o que eu disse, reticenciar que eu juro
Censurar ninguém se atreve
É tão bom sonhar contigo, oh, luar tão cândido

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Música na cabeça




Lá lá lá lá lauê
Fala Martim Cererê
Lá lá lá lá lauê
Fala Martim Cererê

Vem cá Brasil
Deixa eu ler a sua mão menino
Que grande destino
Reservaram pra você

Fala Martim Cererê
Lá lá lá lá lauê
Fala Martim Cererê
Lá lá lá lá lauê
Fala Martim Cererê

Tudo era dia
O índio deu a terra grande
O negro trouxe a noite na cor
O branco a galhardia
E todos traziam amor

Tinham encontro marcado
Pra fazer uma nação
E o Brasil cresceu tanto
Que virou interjeição

Lá lá lá lá lauê
Fala Martim Cererê
Lá lá lá lá lauê
Fala Martim Cererê

Gigante pra frente a evoluir
Laiá laiá
Milhões de gigantes a construir
Laiá laiá laiá
Gigante pra frente e a evoluir
Laiá laiá
Milhões de gigantes a construir

Vem cá Brasil
Deixa eu ler a sua mão menino
Que grande destino
Reservaram pra você

Fala Martim Cererê
Lá lá lá lá lauê
Fala Martim Cererê
Lá lá lá lá lauê
Fala Martim Cererê

Tudo era dia
O índio deu a terra grande
O negro trouxe a noite na cor
O branco a galhardia
E todos traziam amor

Tinham encontro marcado
Pra fazer uma nação
E o Brasil cresceu tanto
Que virou interjeição

Lá lá lá lá lauê
Fala Martim Cererê
Lá lá lá lá lauê
Fala Martim Cererê

Gigante pra frente a evoluir
Laiá laiá
Milhões de gigantes a construir
Laiá laiá laiá
Gigante pra frente e a evoluir
Laiá laiá
Milhões de gigantes a construir
Laiá laiá laiá

Gigante pra frente e a evoluir
Laiá laiá
Milhões de gigantes a construir
Laiá laiá laiá
Gigante pra frente e a evoluir
Laiá laiá

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

MARCOS

1 E Jesus entrou em Jerusalém, no templo, e, tendo visto tudo em redor, como fosse já tarde, saiu para Betânia com os doze.
12 ¶ E, no dia seguinte, quando saíram de Betânia, teve fome.
13 E, vendo de longe uma figueira que tinha folhas, foi ver se nela acharia alguma coisa; e, chegando a ela, não achou senão folhas, porque não era tempo de figos.
14 E Jesus, falando, disse à figueira: Nunca mais coma alguém fruto de ti. E os seus discípulos ouviram isto.
15 E vieram a Jerusalém; e Jesus, entrando no templo, começou a expulsar os que vendiam e compravam no templo; e derrubou as mesas dos cambiadores e as cadeiras dos que vendiam pombas.
16 E não consentia que alguém levasse algum vaso pelo templo.
17 E os ensinava, dizendo: Não está escrito: A minha casa será chamada, por todas as nações, casa de oração? Mas vós a tendes feito covil de ladrões.
18 E os escribas e príncipes dos sacerdotes, tendo ouvido isto, buscavam ocasião para o matar; pois eles o temiam, porque toda a multidão estava admirada acerca da sua doutrina.
19 E, sendo já tarde, saiu para fora da cidade.
20 E eles, passando pela manhã, viram que a figueira se tinha secado desde as raízes.
21 E Pedro, lembrando-se, disse-lhe: Mestre, eis que a figueira, que tu amaldiçoaste, se secou.
22 E Jesus, respondendo, disse-lhes: Tende fé em Deus;
23 Porque em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito.
24 Por isso vos digo que todas as coisas que pedirdes, orando, crede receber, e tê-las-eis.
25 E, quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe as vossas ofensas.
26 Mas, se vós não perdoardes, também vosso Pai, que está nos céus, vos não perdoará as vossas ofensas.