quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Caio Fernando Abreu

"Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada ¨impulso vital¨. Pois esse impulso às vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como ¨estou contente outra vez¨... "

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

"Em parte conhecemos, em parte profetizamos"

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Dona nobis pacem

Tenho a frase tatuada nos quadris. Já me perguntaram, mas logo aí? Sim, claro, em um lugar que remete a movimento. Onde mais? Tudo o que existe faz a existência do que não existe ser mais existente. E vice-versa. Deu para entender? Há um lamento clássico dos dramáticos que exemplifica bem: você só vai dar valor quando perder. É mais ou menos por aí.
Voltando ao "dai-nos a paz", depois de um passeio ao deus-dará pelo Rio Sul, onde vi o Buda bebê tomando sorvete e canetas a preços de finas jóias, fui me encontrar com Nossa Senhora das Graças na Igreja de Santa Teresinha, bem ao lado do shopping. Lembrava-me dos talhos em mármore branco mais simpáticos, fazendo jus à denominação de Virgem do Sorriso. Havia uma certa sisudez na imagem hoje. Mudou ela ou eu? Mas a paz estava ali, comigo. Fui rezar por amigos que precisavam, e acabei pensando em mim. Engraçado como nessas horas vazias a gente tende a uma autopiedade, não? Saí de lá com a sensação de um mundo a completar. Estranho. Não perdi a fé, mas me cansam essas lacunas.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Meu mundo e Nada Mais revisitada

(pós-show de Adriana Calcanhotto)

Quando eu fui ferido
Vi tudo mudar
Das verdades que eu sabia
Só sobraram restos
Que eu não esqueci
Toda aquela paz que eu tinha
Eu que tinha tudo
Hoje estou mudo, estou mudado
À meia noite, à meia luz, pensando
Daria tudo por um modo de esquecer
Eu queria tanto
Estar no escuro do meu quarto
À meia noite, à meia luz, sonhando
Daria tudo por meu mundo e nada mais
Não estou bem certo se ainda vou sorrir
Sem um travo de amargura
Como ser mais livre, como ser capaz
De enfrentar um novo dia
Eu que tinha tudo
Hoje estou mudo, estou mudado
À meia noite, à meia luz, pensando
Daria tudo por um modo de esquecer
Eu queria tanto
Estar no escuro do meu quarto
À meia noite, à meia luz, sonhando
Daria tudo por meu mundo e nada mais
Eu que tinha tudo
Hoje estou mudo, estou mudado
À meia noite, à meia luz, pensando
Daria tudo por um modo de esquecer
Eu queria tanto
Estar no escuro do meu quarto
À meia noite, à meia luz, sonhando
Daria tudo por meu mundo e nada mais...