quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Dona nobis pacem

Tenho a frase tatuada nos quadris. Já me perguntaram, mas logo aí? Sim, claro, em um lugar que remete a movimento. Onde mais? Tudo o que existe faz a existência do que não existe ser mais existente. E vice-versa. Deu para entender? Há um lamento clássico dos dramáticos que exemplifica bem: você só vai dar valor quando perder. É mais ou menos por aí.
Voltando ao "dai-nos a paz", depois de um passeio ao deus-dará pelo Rio Sul, onde vi o Buda bebê tomando sorvete e canetas a preços de finas jóias, fui me encontrar com Nossa Senhora das Graças na Igreja de Santa Teresinha, bem ao lado do shopping. Lembrava-me dos talhos em mármore branco mais simpáticos, fazendo jus à denominação de Virgem do Sorriso. Havia uma certa sisudez na imagem hoje. Mudou ela ou eu? Mas a paz estava ali, comigo. Fui rezar por amigos que precisavam, e acabei pensando em mim. Engraçado como nessas horas vazias a gente tende a uma autopiedade, não? Saí de lá com a sensação de um mundo a completar. Estranho. Não perdi a fé, mas me cansam essas lacunas.

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