domingo, 22 de junho de 2008

Um fado-homenagem

Talvez por muito amar a liberdade
Invejo a vida livre dos pardais
Mas prende bem teus braços sem piedade
E eu juro da prisão não sair mais.
Não posso ouvir o fado sem vibrar
E não domino em mim a febre de o cantar
Mas dá-me um beijo teu fremente
Verás que fico assim, calado eternamente.
Adoro a luz do sol que me alumia
Por grata e singular mercê de Deus
Mas fecha-me num quarto noite e dia
E eu troco a luz do sol pelos olhos teus
Não posso ouvir o fado sem vibrar...
Baixinho aqui pra nós, muito em segredo
Eu sempre fui medroso até mais não
Mas pra que sejas minha não tenho medo
Nem mesmo de perder a salvação.
Não posso ouvir o fado
sem vibrar...

(Frederico De Freitas / Silva Tavares)

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