sexta-feira, 21 de agosto de 2009

O Escorpião e o Sapo

"Na margem de um rio estava, um dia, um sapo. Enquanto se preparava para cruzar as águas até a margem oposta, chegou um escorpião, que também queria atravessar para o outro lado. Mas escorpiões não nadam, então ele pediu ao sapo:
-Deixa-me subir subir nas tuas costas e transporta-me até a outra margem. És grande o suficiente e não te cansarás.
Mas o sapo, que bem conhecia o veneno do ferrão do escorpião, respondeu:
- Nas minhas costas? Estás louco! Tenho medo de teu veneno mortal!
E o escorpião:
- Estás equivocado em temer-me. Eu desejo atravessar o rio. É meu interesse que tu vivas.
Com tal raciocínio, o escorpião induziu o sapo a aceitar. Subiu, então, nas costas do sapo. O sapo entrou na água carregando o escorpião e começou a nadar, perfeitamente à vontade no seu meio natural. Assim que chegaram ao meio do rio, no ponto onde era mais forte a corrente e maior o esforço do sapo, eis que o escorpião levantou o rabo e enterrou o ferrão com toda força nas costas do sapo. Enquanto o veneno mortal se difundia em seu corpo, sentindo que a vida se esvaía, o sapo exclamou:
- Maldito desgraçado, que estás fazendo? Não vês que ambos morreremos: eu envenenado e tu afogado! Por que fizeste isso?
E o escorpião, já se afogando:
- Porque eu sou um escorpião e devo ferrar: esta é minha natureza.
E morreram.


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