Hoje foi dia de pensar com carinho em você, não ontem, assim como não será amanhã. Guardei esta quinta-feira para a alegre saudade. Aquela dos presentes inusitados que só podiam sair da sua caraminholice, como uma bolsa cheia de lingeries estranhas que nunca mais usei. A da minha chegada ao Galeão com você à espera tendo nas mãos um papel com tremidas letras cor-de-rosa formando a palavra VACA. A de você fingindo ser minha filha em trocas de torpedos no hospital, onde ela, totalmente combalida, preferiu ficar dentro da emergência com você, enquanto eu aguardava os dois do lado de fora. A dos cem reais gastos em uma orgia de doces - gula que nos valeu pesos extras na consciência e no corpo. A das impressionantemente pacíficas noites no vale, você traduzindo e eu no meu quarto de vídeo - estarei lá sempre, dê uma olhada. A da foto no prato do Pão de Açúcar. A do motorista de táxi o confundindo com Wanderley Cardoso. A dos seus escritos encalacrados e divertidos no total sem-sentido deles - este é você! A das missas do frei Clemente às terças-feiras no convento de Santo Antônio, você enxugando minhas lágrimas emocionadas. A do café no Starbuck's. A da nossa compulsão de compras nos passeios em São Paulo. A das caminhadas com direito a muita cosquinha pelo Aterro... Pacotes de felicidades entremeados com... deixa pra lá, me esqueci.
Reservo este prazer só para hoje. E me alegro um pouco. Mais do que isso costuma fazer mal, adverte o Ministério da Saúde.
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
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2 comentários:
Delícia de lembranças!
Gostei daqui
Bjo
Que bom!
Algumas doem, mas deixa para lá, não?
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